sábado, maio 30, 2020

BANHO 

Quando resolvi passar esse período pandemônico em Curitiba perto dos meus pais,fiquei muito abalada. Meu último banho no Rio antes de vir pra cá foi catastrófico e emocionante. Muitos que vão ler aqui esse relato vão me achar boba, mas estou numa fase que realmente estou me achando boba, então tudo bem.
 Nervosa com a decisão, muitas coisas para organizar antes de vir, a vida de 5 cachorros filhos, 1 jabuti, a casa em si, meu material de pintura, remédios, cabeça a mil, enfim ( odeio qdo escrevo 'enfim'). A água estava quentinha nos ombros e isso era bom. Olhei para o chão do box e vi uma formiga lutando contra a corrente bravamente! Eu disse sai, sai, espantando com meu pé a água perto dela...sai pra lá, eu em voz alta. Mas a formiga não entendeu...sim na hora,pensei comigo : sou muito louca, o mundo nesse 'estado' e eu pirando em salvar a vidinha do inseto. Bom, saí do box desvairada,peguei um pedaço de papel higiênico,coloquei junto dela e ela subiu!!! Ufa, salvei a pobrezinha. Aliviada, juro, aliviada sim, coloquei o papel com ela sobre a pia e voltei pra debaixo do chuveiro, tava na metade. Dei uma rezada  (ultimamente rezo muito no box), me enxuguei, pus pijamas e fui pegar o papel para colocar a formiguinha na grama e tal,...só que ela não se mexia mais, cheguei tarde, não consegui, ela morreu afogada. Lógico que estou oscilando e desequilibrada umas 2 horas durante o dia e tal, mas fiquei realmente chateada com isso...puxa era só eu ter juntado ela um pouco antes e outra vida estaria a salvo e só de escrever isso eu to chorando aqui...sim, eu choro por cada vida perdida, eu vivo tudo isso intensa e insanamente e acho que desde criança. O que vem acontecendo me machuca demais, ando pela casa aqui em Ctba ,muito bem, leio, desenho, converso com a minha irmã, recebo amor do marido, do pai, me agarro na minha mãe, faço tudo como acho que devo e quero, mas eu alma, eu coração, eu em mim, totalmente em frangalhos. Hoje era isso.  (foto da Simone KOntraluz )

terça-feira, maio 26, 2020

O RETORNO AO LAR   #qual deles

Quando a água começou a' bater na bunda', resolvi 'por minha viola no saco' e 'picar a mula', afinal 'ninguém é de ferro' e o 'bom filho a casa torna'...Poderia escrever só dessa maneira 'rios' de palavras, acontece que a insegurança de ficar longe da família na 'cidade maravilhosa' me assustou. Por lá, a cidade não é tão maravilhosa assim, a natureza sim, essa é maravilhosa e está incrivelmente agradecida mas o problema é o mesmo de todos os lugares do nosso país...,o desgoverno,o medo pelos seus,que nem são meus, muito contraditória nessa pandemia...Pandemia virou a palavra mais odiada,por mim, nos últimos tempos, também não suporto as seguintes palavras : disponibilidade, equação, vibe, balada, locão, premissa, turbulência, suave na nave, etc, não curto o tal 'etc'. E não gosto dessas palavras acima pelo seus significados, nada disso, não gosto da embocadura mesmo. Mas bom, por aqui, total liberdade de escrever o que gosto,as coisas que acredito e no português que acho interessante, com ..., com vírgulas, com aspas e por aí vai... Só passando pra dizer que vou viver pelo menos uns 3 meses em Curitiba . E quanto ao título desse singelo escrito de blogueirinha ( essa então, detesto ) acredito que o Lar ideal, é a paz interior, cheia de gente que amamos e livros. (foto recente da LUzMarina )